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Tratamento - Recidiva      
  • Recidiva
 
Após o término do tratamento da radioterapia em junho de 2006 eu continuei indo ao trabalho, mas devido aos efeitos pós radio, pois me sentia muito cansado, eu trabalhava horário reduzido. 
 
O retorno da doença se deu em setembro/outubro de 2006 quando eu comecei a sentir uma dor na coluna na região lombar. No início achei que fosse uma dor normal, um jeito mesmo, mas a dor foi piorando, e procuramos por um médico angiologista, pois a dor parecia descer pela perna esquerda na região da coxa. Como logo no inicio do tratamento de quimioterapia em fevereiro de 2006 eu sofri uma trombose na perna esquerda que me levou ao Hospital Luxemburgo e lá fiquei por nove dias internado fazendo controle do RNI, achamos conveniente verificar se não tinha haver com uma nova trombose. Nada foi detectado pelo médico angiologista e ele achou melhor solicitar uma tomografia.
 
Fizemos o exame e em seguida procuramos pelo médico ortopedista para ver se o excesso de peso devido ao uso de corticóide poderia ter causado algum dano à coluna. O mesmo fez uma avaliação da tomografia da região lombar e disse que não acusou nada a princípio. Então o médico decidiu por encaminhar para uma fisioterapia e seria na própria clínica mesmo. Porém no dia seguinte, a dor aumentou mais ainda, e acordei sem forças nenhuma na perna esquerda. Para levantar da cama foi um custo, tive que usar vassouras como apoio e para andar, a mesma coisa. Então liguei para minha mãe e falei com ela o acontecido, que imediatamente saiu do trabalho e veio para casa me buscar e levar ao médico. 
 
Fomos para o Instituto Biocor e lá fui atendido por um dos médicos da equipe de Neurologistas. Fui avaliado e imediatamente foi feito um pedido de Ressonância da coluna para ver se tinha alguma coisa. Na hora de fazer o exame, a máquina do Biocor estragou e tive de fazer o exame fora de lá. Assim que fiz o exame, a médica avisou que tinha tido uma alteração, e entrou em contato com o Dr. Jair, ela explicou o que era.
Saímos correndo de lá e voltei para o Biocor e ao chegar, o Dr. Jair já me esperava na porta do Pronto Atendimento. Fui entrando, ele foi pegando os filmes da ressonância para ver e logo já falou que eu iria para cirurgia naquele momento, pois se tratava de dois tumores na coluna que estavam pressionando a medula.Logo já fui levado para o pronto atendimento para me trocar, colocar a roupa adequada e já fui levado para o centro cirúrgico. Lá eles me anestesiaram e quando acordei já estava na enfermaria aguardando liberação de apartamento. Segundo minha mãe, entrei para o bloco cirúrgico às 17h00min e sai já era 01h30min.  Desta vez nem vi passar por sala de recuperação, pois quando acordei já estava junto com minha mãe. Isto já era de manhã no dia seguinte.
Eu não podia ficar sentado quando fiz a cirurgia, tinha que ficar deitado e mais tempo de lado do que de costas. Era complicado, teve um dia que um dos médicos me colocou de pé para andar um pouco, e o medo de dor na cirurgia, foi um custo, mas consegui com muito medo. Iniciei imediatamente as fisioterapias la mesmo no hospital. Desta vez foram 07 dias de internação. 
 
Recuperando e voltando pra casa, era muito cuidado na hora de sentar ou levantar pra fazer uma caminhadinha dentro de casa e por ai foi.
Mas a dor voltou e foi aumentando, ficamos preocupados com isso e resolvemos voltar ao Instituto Biocor 15 dias depois da cirurgia de emergência. Novo exame de ressonância e os tumores tinham voltado, estavam lá como se não tivesse feito cirurgia. Minha mãe disse que o Dr. Jair ficou impressionado com tão pouco tempo isso ter acontecido. Como a cirurgia estava recente, não seria possível operar novamente devido ao meu estado clínico. Então foi decidido juntamente com o Dr. Bruno da Oncomed, iniciar radioterapia urgente para tentar reduzir os tumores.  
 
No dia seguinte, já estava no Hospital Luxemburgo consultando com a Dra. Stela e fazendo as marcações para iniciar naquele dia mesmo a primeira sessão. E assim foram 28 sessões de radioterapia que fiz. Assim que iniciamos a radioterapia as forças nas pernas pioraram e acabei ficando paraplégico. Fui internado imediatamente para fazer o uso endovenoso de dexametasona (corticóide) e tentar reduzir o edema que estava causando a compressão medular. Foram 15 dias internado e lá mesmo continua a radioterapia todos os dias. Mesmo sem sentir as pernas foi iniciada a fisioterapia e em uma semana comecei a sentir os primeiros movimentos das pernas novamente. Parecia um milagre, pois um dos neurologistas do Hospital não acreditava que eu voltaria a andar. 
 
Tendo essa melhora recebi alta e continuei as sessões de radioterapia indo ao Hospital todos os dias. Neste período, como eu não estava andando, não podia ficar sentado, fui de ambulância todas às vezes para fazer a radioterapia, e a maior dificuldade foi conseguir ambulância para me levar, cada dia era uma. Ate que consegui um pessoal bacana da cidade de Betim que me levava e eu pagava o combustível da ambulância. Foi uma luta tremenda, mas consegui e venci esta batalha.  
 
Em janeiro de 2007 voltei a sofrer uma nova trombose na perna esquerda e fui novamente internando no Hospital Luxemburgo. Mais nove dias de internação.
Após a radioterapia e a internação por causa da segunda trombose, iniciei novamente a quimioterapia, desta vez com remédios mais fortes, e mais tempo de medicação. Foi seis ciclos de quatro dias cada ciclo e a cada 21 dias. No final tínhamos que esperar mais dias, pois os resultados dos exames de sangue não permitiam iniciar novo ciclo. Dessa vez foi mais difícil.  
 
Terminamos o tratamento de quimioterapia na primeira semana de julho de 2007. Em agosto fiz nova ressonância tanto do cérebro quanto da coluna e tudo estava sobre controle.
 
Próximo capitulo: Diabetes de Insipidus
 
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